Fotos ruins muito boas
A foto ruim se torna muito boa quando ela rompe com expectativas de enquadramento ou com te´cnicas que, de uso ta~o recorrente, deixam de significar o que puderam em outro momento. Porque nem todas queremos ver as mesmas imagens. E´ para essa forc¸a daquilo que pode nos dizer outra coisa que Fotos ruins muito boas orienta a visa~o. E´ como quem experimenta a direc¸a~o do refletor que Moema Vilela tem explorado, em sua trajeto´ria arti´stica, os limites da te´cnica. Tal como qualquer uma de no´s, a autora esta´ imersa em um mundo de imagens, mas insiste, para a nossa sorte, em romper com o sentido mais aceito do que e´ belo. Desse jeito, vai projetando fotografias cotidianas que recebem pouca atenc¸a~o na literatura feita por no´s no tempo de agora, valorizando as pro´prias memo´rias e expandindo, para quem le^, os universos e os tempos que cria na escrita. E´ por isso que ela escreve sobre “encher a cara” e da´ vontade de acompanhar a narrativa como quem corre para assistir a um filme de que todo mundo que nos importa esta´ falando. Alia´s, a poe´tica de Moema tem um apelo audiovisual, e com direito a trilha musical pop. Atenta aos “momentos/ de prodi´gios os mais banais”, garante que, mesmo diante de toda “essa desorientac¸a~o abissal/ que nos distrai de fatos o´bvios”, e´ possi´vel encontrar um livro que construa um a´lbum de retratos polifo^nicos ta~o interessante como esse. [Fernanda Bastos]
Características | |
Autor | Moema Vilela |
Biografia | A foto ruim se torna muito boa quando ela rompe com expectativas de enquadramento ou com te´cnicas que, de uso ta~o recorrente, deixam de significar o que puderam em outro momento. Porque nem todas queremos ver as mesmas imagens. E´ para essa forc¸a daquilo que pode nos dizer outra coisa que Fotos ruins muito boas orienta a visa~o. E´ como quem experimenta a direc¸a~o do refletor que Moema Vilela tem explorado, em sua trajeto´ria arti´stica, os limites da te´cnica. Tal como qualquer uma de no´s, a autora esta´ imersa em um mundo de imagens, mas insiste, para a nossa sorte, em romper com o sentido mais aceito do que e´ belo. Desse jeito, vai projetando fotografias cotidianas que recebem pouca atenc¸a~o na literatura feita por no´s no tempo de agora, valorizando as pro´prias memo´rias e expandindo, para quem le^, os universos e os tempos que cria na escrita. E´ por isso que ela escreve sobre “encher a cara” e da´ vontade de acompanhar a narrativa como quem corre para assistir a um filme de que todo mundo que nos importa esta´ falando. Alia´s, a poe´tica de Moema tem um apelo audiovisual, e com direito a trilha musical pop. Atenta aos “momentos/ de prodi´gios os mais banais”, garante que, mesmo diante de toda “essa desorientac¸a~o abissal/ que nos distrai de fatos o´bvios”, e´ possi´vel encontrar um livro que construa um a´lbum de retratos polifo^nicos ta~o interessante como esse. [Fernanda Bastos] |
Comprimento | 23 |
Edição | 1 |
Editora | 7 LETRAS |
ISBN | 9786559053476 |
Largura | 16 |
Páginas | 100 |